Sunday, June 28, 2009

Emily!



Voltada cem por cento para o Universo de Emily Dickinson - Foto do quarto da poeta em - The Homestead - Casa onde Emily Dickinson viveu e onde atualmente é o Emily Dickinson Museum.


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I’m Nobody! Who are you?

Are you — Nobody — Too?

Then there’s a pair of us?

Don’t tell! They’d advertise — you know!



How dreary — to be — Somebody!

How public — like a Frog —

To tell one’s name — the livelong June —

To an admiring Bog!



(c. 1861)

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Não sou Ninguém! Quem é você?

Ninguém — Também?

Então somos um par?

Não conte! Podem espalhar!

.

Que triste — ser — Alguém!

Que pública — a Fama —

Dizer seu nome — como a Rã —

Para as palmas da Lama!



Poesia de Emily Dickinson traduzida por Augusto de Campos - do livro NÃO SOU NINGUÉM (editora Unicamp). Matéria do Portal Cronópios:

http://www.cronopios.com.br/site/lancamentos.asp?id=3425

Diante da janela, o roseiral

.

Testamento enterrado

à sombra do roseiral:
Deixo meu violão

para a balconista da padaria.

A erva benta

para a velha do sobrado.

A chaleira

que chia Villa-Lobos

para Frei Gustavo,

que costura almas

nas manhãs de quarta.

O livro de poesia

de Augusto dos Anjos,

para o cobrador do expresso 022.

.

Assinado:
A menina dos olhos tristes.

Chico me chamava de Carolina,

mas era só um disfarce.

Sou eu a menina

que viu o tempo passar na janela,

sem ver.

Bárbara Lia

O sal das rosas - Lumme Editor, 2007

.

Ontem pensei nesta poesia e tive saudades das roseiras da minha mãe - diante das janelas da sala.

La nave va...

Um dedo de prosa

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