Sunday, July 05, 2009

atiq rahimi e uma rápida olhada na flip, via metrópolis


Foto: Léa Crespi / site Télérama (www.telerama.fr)

Entrevistas com participantes da Flip no site do programa da TV Cultura - Metrópolis - Vi há pouco a entrevista com Atiq Rahimi e ele deu a conhecer o enredo do seu livro Pedra da Paciência (Syngué Sabour):

"Pedra da paciência é uma pedra imaginária que existe em lenda no Afeganistão e em países de cultura persa. As pessoas colocam os problemas e tristezas nesta pedra até ela explodir. É uma parábola, uma metáfora para o personagem central que é um homem ferido e paralisado na cama"

Atiq Rahimi é cineasta e rapidamente falou sobre os filmes mais famosos que tem como território o Afeganistão - O caçador de pipas - e - A caminho de Candahar. Preciso ler Atiq Rahimi e sua pedra da paciência.

Homens belos que escrevem bem, um tanto raro, como Rahimi e o nosso Chico Buarque, e que além de belos são generosos e poéticos e atenciosos. Os belos de Paraty, um Antonio Lobo Antunes descontraído e brincalhão e a mesa "Entre quatro paredes", que reuniu Sophie Calle e Grégoire Bouillier: O moço enviou um
e-mail acabando com o namoro, e Sophie Calle transformou em uma instalação - Prenez soin de vous - é mesmo este o refrão no final dos e-mails dos amantes: cuide bem de você...
Alguns momentos que acessei agora, que já consigo olhar com olhos de mim ao redor, retomar a vida. Sempre externei meu carinho pessoalmente ao Rodrigo de Souza Leão, parece que foi ontem que recebi um e-mail para aquela entrevista que acabou sendo publicada na Germina... parece que foi ontem que junto com votos de Feliz Natal ele me contou da felicidade ao ver que citei seu livro no cronópios como um dos que mais amei em 2008 - principalmente por ser você - ele disse... Ternura. Ternura. Matéria em falta. Esta ternura que a gente perdeu.
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No blog do Cássio Amaral um papo vertiginoso - entre o Cássio, Rodrigo e Rafael Nolli:
http://cassioamaral.blogspot.com/2009/07/lero-lero-com-rodrigo-de-souza-leao.html


Para acessar a entrevista do Atiq ao programa Metrópolis:

http://entretenimento.uol.com.br/ultnot/multi/2009/07/03/0402366AC4C16346.jhtm


Deus a cada pássaro deu um pão

Deus a cada pássaro deu um pão,
Mas apenas migalhas para mim;
Não ouso comê-las, mesmo esfaimada, -
Minha aguda luxúria
Possuí-las, tocá-las, constatar o feito
Que fez meu este bocado, -
Feliz demais em minha sorte de pardal
Para almejar mais.

Pode haver fome por aí,
Eu não deixarei de ouvir,
Tantos largos sorrisos à minha mesa,
Meu celeiro parece estar bem cheio.
Imagino como o rico deve se sentir, -
Um indiático – um barão?
Considero que eu, com apenas migalhas,
Sobre todos eles soberana sou.

Emily Dickinson

Morri pela Beleza

Emily Dickinson

Morri pela Beleza – e em minha Cova
Eu não me sentia a gosto
Quando Alguém que morreu pela Verdade
A Cova ao lado chegou –

Ele indagou gentil por que eu viera –
E eu disse – “Pela Beleza” –
“Eu vim pela Verdade – a Mesma Coisa –
Somos irmãos” – respondeu –

E quais Parentes juntos numa Noite
Conversamos nos Jazigos –
Até que o Musgo nos chegou aos lábios
E nossos nomes cobriu –

Fonte: Dickinson, E. 2006. Alguns poemas. SP, Iluminuras. Versão deste poema foi originalmente publicada em 1890.

La nave va...

Um dedo de prosa

  Um Dedo de Prosa é um híbrido entre encontro de ideias, palestra e debate com o escritor, quer seja realizado em salas de aula, biblioteca...