Magenta - a cor da idade
textura de fogo e o não-medo de tudo
que a vida tenta fazer descer pela goela.
Não sou o desenho borrado esboçado
pelos que não entenderam a minha alma bárbara.
Ninguém caminhou com minhas sandálias,
bebeu a água amarga das feridas dos inimigos.
Pensar que teus olhos verão por outros olhos quem sou –
é o que me dói mais.
Pensar que é preciso ir mesmo viver na casa do sol.
Jamais mostrar a roupa da bailarina,
o coração pétala rasurado sangrando o néctar da saudade.
Tua imagem nítida, na madrugada, na noite, na neblina.
Amo o teu coração com tanta verdade que arde.
Escrevo tua ausência, em noites claras. Se tu lesses.
Ah! Se lesses!
Quem sabe as portas do escárnio diluiriam como estátuas de sal.
BÁRBARA LIA