Paul Giamatti interpreta Barney Panofsky em Barney's Version, que no Brasil tem o título - A minha versão do amor. Na noite do seu segundo casamento Barney dá de cara com Miriam. Ela é a sua versão do amor. E a persistência dele vai vencendo a resistência dela. Lembra uma canção do Vinícius de Moraes:
O meu amor sozinho
É assim como um jardim sem flor
Só queria poder ir dizer a ela
Como é triste se sentir saudade
É que eu gosto tanto dela
Que é capaz dela gostar de mim
E acontece que eu estou mais longe dela
Que da estrela a reluzir na tarde
Não é aquele humilhante - amar pelos dois - que pressupõe um ritual masoquista e não uma história de amor. É aquela aposta no Belo - Vou te amar tanto, até o meu amor te alcançar e te transformar em amada minha. Em resumo, ele incorporou aquela bela máxima do Banquete de Platão - Amar é gestar o belo. E não é? Paul Giamatti é ótimo. O filme acompanha o fio da vida de Barney. Todas as suas loucuras, delírios e acima de tudo sua coragem. Um história de amor. Sem linha traçada e laços lilases, sem cinderelas ou principes, apenas as escolhas e as certezas. Também as grandes burradas que fazemos em nome desse mesmo amor.