“Pagú tem uns olhos moles
uns olhos de fazer doer.
Bate-coco quando passa.
Coração pega a bater.
Eh Pagú eh!
Dói porque é bom de fazer doer (...)”
Raul Bopp
Musa dos Modernistas. O verão das Musas - aquelas - as verdadeiras. Algumas pessoas pensam na Musa como aquela estátua de beleza que inspira poetas. Alto lá! Musa que é Musa passa longe da esfinge, manequim oca, estas coisas poucas. Musa que é Musa veste o Universo. Vive o seu tempo, como viveu Pagu. Alardeava o novo, incentivou Plínio Marcos, traduziu muitos autores e estava sempre na vanguarda de um tempo que a tratou de forma rude. Pagu - eternamente - brilhará como uma das Musas mais belas da Constelação Brasileira.
***
PAGU, poeta:
Um peixe
Patrícia Galvão
Um pedaço de trapo que fosse
Atirado numa estrada
Em que todos pisam
Um pouco de brisa
Uma gota de chuva
Uma lágrima
Um pedaço de livro
Uma letra ou um número
Um nada, pelo menos
Desesperadamente nada.
Um pedaço de trapo que fosse
Atirado numa estrada
Em que todos pisam
Um pouco de brisa
Uma gota de chuva
Uma lágrima
Um pedaço de livro
Uma letra ou um número
Um nada, pelo menos
Desesperadamente nada.
Sobre a Poesia de Pagu, no site Modo de Usar & Co.
Bela página em homenagem a Pagu - http://www.vidaslusofonas.pt/pagu.htm
http://pt.wikipedia.org/wiki/Pagu