(fragmento)
Minha cabeça:
Perfurada, grudada ao lixo mais sórdido
Perfurada, grudada ao lixo mais sórdido
Desse balneário entupido. Sinto medo.
Um medo que faz recuar os olhos.
Medo que me quer olhar de longe e
Assistir escancarada a cicatriz: do
Nada: da faca: dos braços de vidro.
Medo de pensar que a madrugada já
Está acabando, e que sobre ela cairão
As primeiras cores da alvorada. É tudo
Sem cor (um dedo de amargura, uma
pitada de absinto – transparente. transparente).
LUCAS HASS CORDEIRO
Nascido em 28/07/1989. Cursando Psicologia na UFPR. Lançou Sussurro & Codeina, e 2.006, no prelo: Os mantras no café (contos)
- Karol Goubert apresentou a poesia de Lucas Hass -