Sunday, May 16, 2010

Pensando o amor


- em geral , ele é todo desejo do que é bom e de ser feliz - (Platão)


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O amor é um Deus escondido e não é todo mundo que dá de cara com ele. Para complicar tudo, apelidaram a tal paixão de amor, então vive por aí o amor - mascarado - tripudiado com sua imagem tatuada em um deus pequeno, um deus sem asas e sem força, um deus que queima mais rápido que as tuas lenhas no fogão e tudo se perde. Pode ser bonito como aquele fogo, mas, é só miragem. É o externo tatuado na visão, o interno tatuado é que fica impresso nos olhos da alma que não esfria que não se consome em labaredas - o externo é a paixão e o interno é o amor - seria isto? E quando o externo e o interno vibram na mesma frequência? Então é o Eros revivido. O amor em carne viva...

- Bárbara Lia 
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Anotação na porta da geladeira:
Reler - O Banquete (Platão)
Para beber palavra a palavra o livro e quiçá escrever poesia:
 
O amor?
Uma libélula
Acima do lodo

EL ALEPH AZUL DE BORGES




Dejaste aquí tu corazón
- Aleph azul
poblado de tigres blancos
y espejismos.

 
Dejaste aquí tu corazón,
que pulsa como esta Milonga Del Ángel,
que oigo en esta primavera desprotegida
- acordes de Piazzola –



Nubes blancas señal de certezas:
tu alma blanca
tu corazón Aleph azul
permanecen, en suave ritmo del sur.

 
Dejaste un Libro de Arenas
- tu alma -
todos nosotros hojeando páginas
de este desierto metafísico - nocturno y trágico -
que lleva a la aurora nítida del reino de la poesía.


Dejaste aquí tu corazón,
Aleph donde transitan signos variados,
y aunque imprimo sueños
en griego, sánscrito o arameo,
desciframos – en alfa –
tus mensajes de estrellas.


Dejaste aquí tu corazón,
vaso vacío de secretos,
pleno de soles & lunas & signos de nobleza,
en una azul sinfonía que tejes
entre tus dedos, mientras señalas:


La eterna agua, el aire eterno,
flaneando en un valle de sombras
y la inscripción brillante con hilos de oro
- no existe el tiempo –


Guardianes de lo imposible
llevamos hacia el cuello la ampolleta
como hombres-bombas
explotando la vida,
sin seguir tus pasos-acordes.



Ciegos, no distinguimos,
la inutilidad de la arena que cae en cuentagotas,
tu corazón quiere gritárnoslo -
Aleph azul que guarda secretos rojos.


Dejaste aquí tu corazón.
Algunos lo hojean en plegaria, como ángeles.
Yo lo hojeo, deslumbrada,
con la misma cálida y reverente ternura
con que miraba abismada la estrella véspero.



Azul como tu Aleph corazón.
Flecha y señal en mi camino:
La estrella véspero,
el Aleph azul de Borges.
Bárbara Lia
tradução - Karina Eskin

- para ler a poesia em português clique aqui

Rap & Beija-Flores



Rap & Beija-flores




Diante do amor ela arrepiou o coração
- não tenho asas para tanto paraíso
(Mia Couto)




Perfeita tarde:
Branca rede
- rodas
de carroças -
Moendo o pó
da paisagem/passado.




De macacão jeans
o jardineiro de estrelas
e pastor de pássaros
que dançam
no verde vazio
da Serra do Mar...
... me aquece.


Ele e os 200 olhos
de Deus
que vazam da parede
transparente.


Luz divina que me beija.
Como beija-flores beijam
a água adocicada
no ritmo do rap
no rádio.




Bárbara Lia

La nave va...

Um dedo de prosa

  Um Dedo de Prosa é um híbrido entre encontro de ideias, palestra e debate com o escritor, quer seja realizado em salas de aula, biblioteca...