
II
Porque tu sabes que é de poesia
Minha vida secreta. Tu sabes, Dionísio,
Que a teu lado te amando,
Antes de ser mulher sou inteira poeta.
E que o teu corpo existe porque o meu
Sempre existiu cantando. Meu corpo, Dionísio,
É que move o grande corpo teu
Ainda que tu me vejas extrema e suplicante
Quando amanhece e me dizes adeus.
Hilda Hilst
Fragmento (II) - ODE DESCONTÍNUA E REMOTA PARA FLAUTA E OBOÉ.
DE ARIANA PARA DIONÍSIO.
[Júbilo memória noviciado da paixão (1974)]
[in Poesia: 1959-1979/ Hilda hilst. - São Paulo: Quíron; (Brasília): INL, 1980.]
http://www.angelfire.com/ri/casadosol/dionisio.html
- Mais uma explosão atômica - Claudel e Hilda Hilst -
Emily Dickinson é a poeta que estou estudando agora. Lendo sua poesia e me inteirando de sua vida. Ela tem em comum com Hilda e Camille - a reclusão. Qual Emily, Hilda tinha sua casa - A casa do sol - o seu exílio, lugar do seu segredo. Emily Dickinson vivia em Homestead. Camille, forçada a viver reclusa quando a levaram para o sanatório em Ville-Evrard. Dentro das solidões optadas ou forçadas, elas criaram obras intensas, flutuantes, profundas, instigantes, reais, estonteantes e sublimes, dentro de intocáveis almas que ansiamos desvendar.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Camille_Claudel
http://pt.wikipedia.org/wiki/Hilda_Hilst