Wednesday, February 28, 2018

"Não o convidei ao meu corpo" - Romance - Bárbara Lia - Lançamento dia 09/03 - Sampa




"Não o convidei ao meu corpo"
Bárbara Lia
 - Romance - Autoficção -
 174 páginas 
Projeto Gráfico - Evandro Rohden e Thiene Magalhães
Prefácio da poeta Luciana Cañete
O livro é sobre transformar dor em Arte
Ilustrado com 19 telas de Paul Klee.


Texto de Maria Alice Bragança (orelha do livro):

Um primeiro desafio criativo nos é dado a todos: inventar e construir a própria vida, sem aceitar roteiros ou limites preestabelecidos. Viver é uma arte... E a memória é um imbricado terreno de fatos, ficção e fantasia. A literatura nos permite editar trechos do vivido (ou fantasiado) e conduzir os sentidos, bem como ter o controle do final da narrativa, o que a realidade não nos permite. Unindo artes visuais, memória e invenção, Bárbara Lia faz dessa autobiografia ficcional uma delicada e deliciosa narrativa, onde a superação da dor, a busca do amor e a trajetória da escritora, da descoberta das primeiras letras à edição de suas obras, mergulham-nos em momentos de encantamento.
 Maria Alice Bragança

Buffet de Poesia







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Sunday, February 11, 2018

Meu encontro com Jamil

Eu tinha certeza que o taxista era Jamil Snege. Tarde de verão e o agito da cidade antes do carnaval. Você está em uma rua qualquer do Centro da cidade, você vai outra tua qualquer e você precisa ir de táxi, ainda que perto, ainda que ninguém entenda. O pé dói. Ponto final. O trajeto curto demais torna tudo mais surreal. Quero perguntar algo e temo que quebre o encanto. A camisa é tal qual aquela da única vez que o vi, saindo com um amigo da Livraria Ghignone, fumando um cigarro, a outra mão no bolso. Lembro que estanquei o passo em plena Rua das Flores e pensei: é o escritor. Fiquei com aquela imagem, com aquela vontade de não ser tão tímida, de atravessar metade da rua, falar com ele. Mas ele seguiu conversando e eu segui minha vida. Não demorou muito para saber de sua morte. Agora eu tinha certeza que era o Jamil Snege ali a me conduzir, com a mesma roupa, a mesma silhueta calma. Tive medo que ele começasse a praguejar contra o Lula ou falar de religião, como fazem os taxistas. Implorava aos céus que ele não quebrasse o encanto e me fizesse crer que nas tardes de verão Jamil Snege desce à terra e conduz, de forma invisível, os escritores invisíveis da sua Curitiba. "Como tornar-se invisível em Curitiba?" - Snege sabia. Para minha alegria e êxtase ele diz apenas: o sol está mais quente hoje. Sim, tudo está mais hoje, para minha alegria eu pude manter aquela fantasia. Quase disse a ele sobre sua célebre dedução que - para tornar-se invisível em Curitiba basta ter talento - quase disse: nada mudou... Mas, apenas desci e o vi desaparecer, a camisa azul clara, os cabelos brancos e esta certeza de que a magia existe, a gente a encontra ali, na próxima esquina, ao acenar para um táxi.

Bárbara Lia no verão de 2018

Thursday, February 01, 2018

Não o convidei ao meu corpo - Bárbara Lia





Não o convidei ao meu corpo
Bárbara Lia
Romance - Autoficção
174 páginas
Editora Kazuá
Projeto Gráfico: Evandro Rohden e Thiene Magalhães
Arte da Capa e Miolo: Telas de Paul Klee e Projeto Gráfico da Kazuá inspirado na Street Art reproduzindo telas de Klee. Um luxo!


Prefácio, orelhas e contracapa: Luciana Cañete, Leonardo Paiva, Maria Alice Bragança e Ana Lúcia Vasconcelos. Foi como se um maestro (Espírito da Arte?) ordenasse que a partitura assim fosse. É destas pessoas mui caras para mim o som das palavras que cantam (e contam) sobre Lily Elm. O que afinal diz "Não o convidei ao meu corpo"? O que Lily tem a comunicar com seu espírito livre? Quem é Lily? 
No prefácio a poeta Luciana Cañete escreveu: 
"Lily se parece com Frida, Lily se parece comigo e com tantas mulheres que aceitam o destino de não aceitar. Que se incomodam ao invés de se acomodar e vão construindo trilhas entre escombros." 


Projeto gráfico belíssimo da equipe da Kazuá (Evandro Rohden e Ticiane Magalhães), a partir de 19 telas de Paul Klee, que escolhi enquanto ia tecendo as narrativas. Eles embarcaram nesta nave misteriosa e bela da criação para compor uma obra de arte que enleia Artes Plásticas e Literatura.

fragmento - página 08:


"Ignorei por décadas o visitante obscuro. Eu perseguia tudo que tinha luz bastante para obliterar a negra presença. Foi tão grande o desprezo que dispensei ao intruso que esqueci que me habitava. Quem dera passar pela vida sem notar sua presença, ignorando cem por cento sua audácia pútrida. Tivesse morrido aos quarenta e sete anos, qual Frida Kahlo, eu teria conseguido. Foi algum tempo depois de ter completado meio século que ele começou a se fazer notar de forma intermitente. Nunca parei para meditar sobre nossa convivência e agora não posso mais ignorá-la. Devo confrontar os esgazeados olhos negros e o passo lerdo de fantasma antigo."



Lançamento - final de fevereiro - breve mais informações sobre datas de lançamento e Livrarias para adquirir a obra - mais informações no site Kazuá ou comigo pelo e-mail - barbaralia@gmail.com

Link para o site:

La nave va...

Um dedo de prosa

  Fui selecionada, ao lado de vários escritores e escritoras, para integrar o projeto "Um dedo de prosa". Um dedo de prosa promove...