Saturday, October 29, 2011

The man!





Ryan Gosling. Para ser perfeito bastava cantar, com voz rouca quase-Elvis, no mais uma perfeição. My god! Que homem! Existe aquele tipo de homem que é homem desde sempre. Com vinte já tem aquele jeito determinado, olhar de homem e gestos decididos... Creio que ele está na faixa dos trinta anos...
Um ator total. Quando o filme traz Ryan Gosling eu sei que vou gostar. Não sei se ele é que faz as escolhas certas ou se ele é aquele cara que constrói um filme, que leva tudo pela mão e envolve, tipo Javier Bardem...
Ryan Gosling é perfeito - Canta!
Ele canta no filme - Blue Valentine. Belo filme...
Nocauteada pela história, por relatar em diferentes aspectos um pouco de mim. Resgatando o tempo em que vivi assim, um casamento.  
O casamento para mim é um mistério. Uma equação. Avesso do sentir, melancolia sem fim, onde só é possível viver com a razão. Os que se amam demais não conseguem viver uma vida em comum. Tenho pra mim que o casamento é apenas um contrato social. Patético. Desviando amantes verdadeiros, e levando à falência os desejos de Eros. Uma pena.
Melhor lembrar a força e a arte deste moço. My god!
A cena onde ele (Ryan Gosling) canta enquanto ela (Michelle Williams) dança me deixou feliz por saber que ele canta. The perfect man.
Blue Valentine é alucinante por intercalar cenas do sim e do não. Da loucura da descoberta com a constatação de que a chama apaga. Que nem um motel futurista e aquela velha canção vai apagar as ranhuras dos dias. E fica aquele desejo de sentir de novo o ar, respirar sem dor...

Abaixo cena onde ele canta com sua voz rouca. A qualidade desta postagem não é boa, e a legenda está em espanhol, mas, foi a única que achei da forma como está no filme...




***

Ryan Gosling estava compondo uma peça com a sua banda - Dead Man´s Bones - e acabou por gravar um CD. Uma matéria sobre sua "banda assombrada" neste site...





little ashes


Javier Beltrán (Federico García Lorca) e Robert Pattinson (Salvador Dalí) em uma cena do filme - Poucas Cinzas - que revi e voltei a sentir aquela sensação de que preciso voltar a Federico Garcia Lorca.
Little Ashes - o quadro - define como Dali via Federico Garcia Lorca quando conviveram em Madrid e quando viveram a descoberta um do outro, uma fusão surreal de um poeta genial com um ícone em seu despertar...
No limit. Era a fala de Dali. Mas, ele impôs limites a Federico e ao que parece, no filme, ele não se entregou cem por cento ao desejo e quando o desejo voltou quando já estava casado com Gala, revendo cartas e lembranças de Federico, seu amigo foi assassinado. Nada para tirar mais o chão do que o fim. O inexorável fim.
Muito bom voltar a ver little ashes...






"Lembre-se de mim quando estiver na praia e quando pintar coisas brilhantes e de poucas cinzas. Oh, minhas poucas cinzas! Coloque meu nome no quadro a fim de que meu nome sirva para algo, no mundo"
Federico Garcia Lorca

La nave va...

Um dedo de prosa

  Um Dedo de Prosa é um híbrido entre encontro de ideias, palestra e debate com o escritor, quer seja realizado em salas de aula, biblioteca...