Saturday, March 31, 2007

LÍQUIDA













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Pensei: vou morar em uma lágrima.
E vi cenários de Kandinski atrás da cristalina dor.
Vi os retorcidos rostos detrás dos espelhos d’água.
Vi uma casa-banheira, eu sempre líquida.
Vi um teto vidro fosco, eu a olhar estrelas.
E quando secasse a minha casa?
E como secar meu coração?

BÁRBARA LIA

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