Nunca leio a Folha de São Paulo. Hoje li no site http://www.viomundo.com.br/ que a ficha falsa de Dilma foi pregada nos postes da periferia. Saber que um jornal de grande porte teve coragem de publicar um material falso, no mínimo, assusta. Tive atritos com pessoas que gosto muito por conta da campanha suja empreendida pelos tucanos. O que me assusta é o terrorismo solto. O que me assusta é a campanha - vamos ganhar a qualquer custo - empreendida pelos donos do poder. No passado recente coloriram um mauricinho de Brasília e ele chegou à presidência - sabemos do que a mídia é capaz. O que fizeram com a Ética é que a gente não sabe. Contra fatos não há argumento. Não ando com saúde para embates políticos, mas, ninguém pode negar a mudança que aconteceu em nosso País. Então, os que estão nesta corda bamba, embarcando em ondas verdes que subitamente se transformam em negras, é hora de pensar. Marina é seguidora de Chico Mendes e não consigo imaginar pessoas com histórico de vida de Chico Mendes votando em propostas de tucanos. Por estas e outras publico uma opinião sobre esta campanha eleitoral. Por ter recebido uma centena de emails mentirosos, por ter me chateado quando abri um ou outro. O que eu penso é o que disse para minha irmã que ficava metralhando a Dilma: Ninguém está questionando o outro lado. As inúmeras mortes de brasileiros e brasileiras. Nenhum membro do Exército Brasileiro foi julgado pelas mortes - nada falsas - daqueles anos. Eu li - As moças de Minas, uma história dos anos sessenta - do escritor Luiz Manfredini. Dos livros que contam o que aconteceu nos anos sessenta foi o que me deixou mais angustiada, com desejo de fechar o livro a cada página. Ele contou o inenarrável, o que fizeram com as militantes da esquerda, o sofrimento que elas passaram. Mas, este é o Pais de dois pesos e duas medidas, e demitir jornalistas por "delito" de opinião como fizeram com Maria Rita Kehl, ou pregar em postes fichas falsas da candidata Dilma não vai alterar esta rota. O projeto do Presidente Lula - o vôo precioso de um metalúrgico que sacudiu as entranhas do Brasil para dar dignidade a um povo.
Sunday, October 10, 2010
o adeus em um olhar
CLAUDIO HENRIQUE FRANCO BETTEGA (1971/2010) - Poeta e Ator
O Cláudio no Wonka Bar - ele havia machucado o pé naquele maio, o ano 2008.
No final de setembro eu me despedi do Cláudio. Em um lugar chamado Parangolé, no lançamento do livro do Adriano Smaniotto. O bar estava lotado, tão lotado que não pude atender ao apelo do meu coração visionário - vá dizer oi. A maré humana do vai e vem da entrada não permitiu. Ele me sorriu e eu sorri. Um sorriso que guardo com cuidado precioso. Não sabia que era despedida e adeus. Um sorriso de adeus. Hoje acessei o Twitter e havia esta homenagem no Twitter da Luciana Mallon... li e reli e acessei a página com a poesia/homenagem e o silêncio do domingo de sol é todo estranhamento. Cada qual tem o seu momento e Cláudio acumulou momentos de ternura suficientes pra viver mergulhado nela eternamente.
Adeus a Claúdio Bettega
Cláudio Bettega foi um bom ator...
Com alma letrada de escritor!
Ele, também, foi publicitário...
Com seu jeito extraordinário!
Com os seus cabelos dourados,
Olhares inocentes e devotados...
Ele parecia um anjo barroco,
Um santo real e nada oco!
Seu espírito era veloz e ágil...
Porém seu coração era frágil!
Numa fresca noite de primavera...
Ele foi chamado para a nova era!
Ele recebeu o chamado para o céu...
Para tocar lira e declamar poesias...
Perto de Deus, longe do mundo cruel...
Nas nuvens onde há mil harmonias!
Cláudio apareceu no teatro em várias cenas...
Busca era o nome do seu livro de poemas!
Hoje ele conseguiu a vida eterna...
Numa poesia doce e fraterna!
Suas asas irão me acolher...
Quando eu desencarnar...
Num divino alvorecer...
No brilho leve do luar.
Luciana do Rocio Mallon
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