Sunday, April 25, 2010

Valeu Poa!

Volto de Porto Alegre. Uma viagem/passagem que deixa marcas, que ajuda a sacudir a poeira, dar a volta por cima e abraçar a poesia com mais garra que nunca. No sábado o Wladimir Cazé não chegou a tempo para a nossa mesa redonda e foi substituido por Everton Behenck, um poeta muito jovem que foi - para mim - uma das surpresas do Festipoa. Em maio ele lança seu primeiro livro pela Não Editora. O Cazé transferiu seu lançamento (Macromundo - Confraria do Vento) para o horário da tarde e integrou o recital da tarde com os poetas do projeto da Lais Chaffe. Um encanto ver Porto Alegre como uma grande ciranda de poesia...

Serguilha e eu na Letras & Cia

Feliz por estar com Lais e Everton naquele momento de falar sobre a criação literária e ler nossos poemas, logo após a apresentação do Coletivo de Criação Literária Nos Lemos

Nos Lemos Por Aí - Com leitura dos contos do Sérgio Faraco e dos poemas do grupo. Uma manhã poética em uma Livraria clara com jovens poetas ouvindo os poetas do sul -  Encantada com estes dois espaços que acolhem os poetas de Porto Alegre - Letras & Cia e Palavraria - Lais Chaffe coordena o projeto Cidade Poema - e espalha poesia pela cidade - Logo na entrada da Livraria Letras & Cia - a poesia...


Encontros e trocas e outro inesperado encontro e pequena dádiva, ter sido apresentada ao Sérgio Napp - Músico e Escritor, que ao receber o meu livro retribui com um CD que ouço com a certeza de que Porto Alegre abasteceu minha alma por uma temporada inteira do inverno que me espera - O CD é belíssimo - Ângela Jobim interpreta Sergio Napp - este que ouço agora, com músicas belíssimas do senhor que Sidnei Schneider me apresentou na Palavraria enquanto ele deixava o local - E ele nem sabe o quanto amo música, o quanto amo música popular brasileira e o quanto amo estas pessoas que caminham como quem não quer nada e levam dentro este universo tão bonito e nada dizem, apenas te estendem um cd, um livro e um sorriso. Valeu, Porto Alegre!



.

Porto Alegre



Sérgio Faraco - o Homenageado da - Festa Literária de Porto Alegre - a foto de Bettina Vallandro - as  demais são minhas:

Lucia Rosa na tarde de sábado - Apresenta o Coletivo Dulcinéia Catadora - Os autores Xico Sá
e Altair Martins na platéia
Luis Serguilha - Lúcia Rosa - Lima Trindade
no Zelig no Recital - Sexta Básica
Meu amigo o poeta / tradutor Sidnei Schneider


abaixo - Cardoso - Cláudia Taje e Xico Sá na Palavraria
Lais Chaffe - José Antonio Silva - Liana Timm
antes da apresentação no ICBA

Festipoa

Fernando Ramos ao meu lado no palco, o editor do Jornal Vaia que agita Porto Alegre com a Festa Literária - neste ano em sua terceira edição.

Os dias de festa encurtam as horas. Quando estou em minha casa vivo esta elasticidade do tempo. As tardes que passo com meu neto de três meses - voam. A Festipoa voou. Uma sucessão de poesia saltando à flor dos olhos e uma sucessão de homens e mulheres embebidos em Água Viva.
Uma saudade de Clarice Lispector.
Uma saudade da minha amiga Rebecca Loise cujo amor mútuo explodiu em um olhar, na escuridão do porão do Wonka Bar, a menina com cabelos de fogo que sobe ao palco, este farfalhar de almas que ao primeiro momento se reconhecem. Lembrei minha amiga distante quando o mesmo instante-fagulha ocorre em um outro lugar, uma outra pessoa incrível que se aproxima - Marília - caminhar por Porto Alegre sem lenço ou documento e tomar café na confeitaria com Marília, Estela. Sempre uma Estela maravilhosa em cada esquina, com E ou com S. É de chuva o meu livro, é de chuva a bibliomância de quem abre e lê - a chuva baila cinza na vidraça que abre a cidade e as cicatrizes de concreto - algumas cicatrizes serão eternas, pois cortaram fundo demais...

Aqui tudo é esta alegria que apenas a poesia explica - atualizando notícias no twitter -  este menino corajoso que é um dos organizadores do evento - o Fernando  - que edita o jornal - Jornal Vaia -

Paranaue, paranaue, paraná.


Ontem na livraria Letras & Cia conheci jovens poetas e fui surpreendida por uma pergunta que Lais Chaffe está fazendo para seu projeto - cidade poema - Com qual poesia você quer ser lembrado? Nunca penso neste futuro improvável e alheio a mim. Hoje meço a temperatura dos meus poemas pelas publicações que permeiam em blogs, pelas palavras que caem em minha caixa de e-mail, escritas pelos que lêem meus livros e pela recepção do público nas raras leituras quando impera a força que o autor imprime. Qual poema espelha o que sou? Cada qual tem uma mínima fagulha desta poeta. Cada qual tem um - pedaço de mim.
Por conta da programação, vi apenas o final do debate do Luis Serguilha e Ronald Augusto. Uma pena, minha ânsia de ouvir sobre a poesia não se esgota. O lançamento dos livros da Dulcinéia Catadora e um debate com o Cardoso, Cláudia Tajes e Xico Sá, para fechar a noite em clima de festa. Com as discussões de sempre. Mesmo os escritores que chegam mais próximo das - massas - detesto esta palavra, mas, que seja - ou que é lido por leitores não tão enfronhados na Literatura Contemporânea - mesmo eles tem esta paixão pelo livro. Como eu tenho e como vi que não importa o lugar, uma poeta tecendo seus livros com furor e mostrando sua poesia molhada de chuva é, afinal, uma paranaense aqui nos Pampas. E foi este refrão que me acompanhou ontem quando o táxi nos trazia para o hotel. Um refrão dentro do coração a confirmar que sou de um lugar onde a luta vive junto com a dança. Então, não estou na poesia apenas para o grande baile, mas, posso seguir minha luta dançando pelas ruas do mundo, como fazem os livres.

La nave va...

Um dedo de prosa

  Um Dedo de Prosa é um híbrido entre encontro de ideias, palestra e debate com o escritor, quer seja realizado em salas de aula, biblioteca...