Wednesday, December 12, 2007

OS MELHORES - APCA - 2007



Categoria Literatura
Ficção: O Filho Eterno/
Cristóvão Tezza
Não-Ficção: O Príncipe Maldito/Mary del Priore
Contos: A Copista de Kafka/Wilson Bueno
Memórias: Conspiração de Nuvens/Lygia Fagundes Telles
Reportagem: O Chão de Graciliano/Audálio Dantas e Tiago Santana
Poesia: Belvedere/Chacal
Votaram: Dirce Lorimier Fernandes, Marcelo Pen, Ricardo Nicola, Ubiratan Brasil e Luiz Costa Pereira Jr.


Parabéns aos escritores Wilson Bueno e Cristóvão Tezza. Paraná premiado na figura destes escritores que já nos premiaram com obras tão marcantes com oTrappo(Tezza) e Mar Paraguayo(Bueno).


- MEU BLOG ENLOUQUECEU - ESTA NOTÍCIA LI HOJE - 16/12 - (Não é do dia 12 esta postagem)

GÉNEROS EM VOLTA


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Encontrei a poesia - Águas de Alexandria - em um sítio de Portugal. Na página Géneros em volta.
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- Transportei um comentário aqui do blog sobre a poesia, do Marco que vive no Pará -
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MARCO GEMAQUE:
A despeito de "Águas de Alexandria"
"Numa analise Histórico-literário, é uma dedução poeticamente cinética. Assim tu transformas um fato histórico em enjambement simbolista que parece tragédia, mas percebo que uma tragédia fabricada somente na base do hiperbolismo verbal não é tragédia, é farsa. Ao contrario, nas águas de Alexandria, é verdade poética. Nenhuma água é tão pura. “Ut pictura poesis”, dizia o poeta Horácio: a poesia como pintura. Isso significa aderir ao rigor da pureza, sem relativismo, ainda que concreta: a escolha do vocábulo certo, cujo sentido vai-se desdobrando onda após onda, com o rio fazendo a opção certa do mar, da turbidez, do brilho, do pescador. Nada é gratuito, pois os fios das rimas e as profundezas das assonâncias revelam o sentido numa forma uno: Αλεξάνδρεια (Bibliotheca Alexandrina) Obrigado Bárbara Lia!"
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Cronópios:
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Edit on Web - Géneros em torno:

IN COLD BLOOD


















"Um dia, comecei a escrever, sem saber que me acorrentara por toda vida a um senhor nobre porém implacável. Quando Deus lhe dá um dom, ele também lhe dá um chicote; e o chicote se destina apenas à auto-flagelação… Estou aqui sozinho na escuridão de minha loucura, sozinho com meu baralho - e, é claro, o chicote que Deus me deu". Truman Capote.


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Comecei a ler A SANGUE FRIO - Truman Capote - trad. de Ivan Lessa.
Amei o filme. Philip Seymour Hoffman é um dos casos de proximidade máxima intérprete-personagem. Capote tinha o poder de seduzir, levou ao seu lado a amiga de infância, a escritora Harper Lee, em sua viagem, mas, o mergulho na vida e mente dos assassinos ficou mesmo por conta de Capote. Uma abdução fatal foi o que Perry Smith produziu em Capote, e de certa forma isto iluminou o seu "romance sem ficção".
Tenho um pé nas páginas policiais pela total falta de censura na infância. Uma menina que aprende ler aos cinco anos e pode caminhar ao lado do FBI em casos tão tétricos quanto os de Holcomb com sete ou oito anos.
Das histórias que tenho escrito (novelas, romances), por duas vezes pendi ao tema e inclui a densa cena - crime.
(Sim, meu bem, vou reler Edgar Allan Poe)
Sem fechar as portas à poesia cintilou uma vontade fluorescente de adentrar as páginas policiais, descrever o suspense, o medo, a investigação. Não é tão simplista como alguém me disse - assista CSI. Qual o quê! É preciso voltar ao ambiente de formol e entranhas abertas das minhas aulas do curso de Psicologia, é preciso conhecer o corpo humano morto, a alma arrependida. Literatura e Ciência. Desmancha-se no ar o enredo como fumaça de marijuana, se não se tornar verossímel. Talvez minha prosa siga lerda como as nuvens diante da minha janela.
A poesia é pura brota dentro. A poesia sou eu, viva e inteira. Vida dentro dos signos. Uma imensidão de metáforas, minha roupa de festa, estas metáforas. A prosa exige.


Ontem, no Teatro Paiol, Marçal Aquino falou sobre seu trabalho e é mais um adendo. Mas, ele teve o trabalho de campo quando trabalhava com reportagens policiais. Oh! desejo imenso de ter este laboratório... Ainda assim é preciso sair de frente desta tela abrir o livro já com as mãos frias da neve de Holcomb. A sangue frio beber cada palavra de Capote, que me encanta, assim como me encantou aquele moço que ganhou o Oscar - Philip - baita encargo que ele tirou de letra.

DI CAVALCANTI






















Casario e barcos - Di Cavalcanti (1921-1964)
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Eles (os artistas) não amam a vida. Amam a arte como a um mito. E eu amo sobretudo a vida, esta vida que vem como os calores sexuais de baixo para cima.
DI CAVALCANTI
(Carta a Mário de Andrade - 1923)

La nave va...

Um dedo de prosa

  Um Dedo de Prosa é um híbrido entre encontro de ideias, palestra e debate com o escritor, quer seja realizado em salas de aula, biblioteca...