Tuesday, December 29, 2009

O ano de Emily Dickinson

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Passei o ano de 2009 deslumbrada com Emily Dickinson.
Esta poeta estupenda e enigmática.
Foi um ano complexo.
Há pouco escrevi um texto criptografado.
Deletei.
Desde o início deste blog tento mantê-lo apenas como um portal para minhas poesias.
Vez por outra extrapolo.
Preciso separar a mulher Bárbara da escritora Bárbara.
Sei que este é o tempo da exposição total.
De dizer tudo para todo mundo ler.
Nunca pensei usar o blog como diário.
Eu prefiro mostrar apenas o que filtro como matéria artística.
Poesia. Prosa. Um romance. Uma crônica.
Eu sou apenas uma mulher que viveu meio século e que escreve.
O blog nasceu com esta finalidade. Postar meus poemas.
Então chega 2009 - o ano pesado e longo e cheio de coisas positivas e negativas e questionamentos.
2009 - o ano do estranhamento.
Li uma complexa e estranha poeta, fiz parte de um complexo e estranho projeto, escrevi uma novela complexa e estranha e o ano também termina estranho e complexo.
O melhor a fazer é dar um tempo.

Desejar a todos que seguem e lêem o Chapar as Borboletas toda a paz no ano que desponta.
E deixar uma poesia da dama refinada e complexa que me convida a fechar as portas por um tempo, recolher-me na paz da poesia e recuperar o êxtase.
Eu que sempre vivi extasiada.
Para voltar a crer que a vida é um milagre.

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Algo existe num dia de verão,
No lento apagar de suas chamas,
Que me impele a ser solene.

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Algo, num meio-dia de verão,
Uma fundura - um azul - uma fragrância,
Que o êxtase transcende.

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Há, também, numa noite de verão,
Algo tão brilhante e arrebatador
Que só para ver aplaudo -

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E escondo minha face inquisidora
Receando que um encanto assim tão trêmulo
E sutil, de mim se escape.

Emily Dickinson

Tradução de Lúcia Olinto

Camelot!




Sean Connery e eu

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Sean dança comigo

Na casa suspensa

De janelas andantes

Cercada de sóis

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Sean sorri girassóis

Liberta todos os bemóis

Da orquestra das estrelas

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Gestos dele – Iluminura –

Rei Arthur em sua armadura

Cavalga o silêncio

Atravessa pontes de aço

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Sean Connery depois da batalha

Esquenta seus pés gelados nos meus

E me cobre com estrelas e nuvens

Enquanto me rasga dentro a mostrar

O quanto dói - em delícia – amar!

E amar Sean Connery dói bem mais.

Bárbara Lia

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