CHÁ PARA AS BORBOLETAS
Janela - espelho meu.
Fragrância de almíscar selvagem
me violenta.
.
Menino com aura violeta.
Jovem com juba desgrenhada.
Velocidade lenta.
.
Garganta do poço este túnel
cinza, onde trafego dias.
.
Penso na infância, sombra
dos eucaliptos, recanto secreto
onde eu servia chá às borboletas.
BÁRBARA LIA
fascicle - 2009