O POETA MORRERÁ!
O poeta morrerá
Às dezoito horas
De um dia fora do tempo
-sem aviso-
O poeta morrerá
Em cada manhã de caos
De pão saturado de suor
De ruas saturadas de rancor
O poeta morrerá
Meio ao comercial
Da loja de colchões
O poeta morrerá -
Uma Pietá a amparar
Suas asas quebradas -
Na penumbra dos umbrais
O poeta morreu
Poe Orpheu
(e corvos tão iguais
nos beirais)
Bárbara Lia
Cigarras no Apocalipse
21 gramas/2010
http://edicoes21gramas.blogspot.com/
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Monday, November 29, 2010
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