Poesia Social
Menino
Olha lá um menino
Todo sujo e encardido
Vagando nas ruas fedido
Olha lá um menino
Abandonado e perdido
Nesse mundo tão grande
Olha lá um menino
Passando fome e miséria
Sozinho sem família
Mas tudo que ele quer...
É um lugar para ficar.
Autor: Luciano Akira de Souza – 8ºB
Meu país é muito engraçado
Meu país é muito engraçado
Saio de casa e não sei se voltarei.
É uma insegurança para todo lado
Não sei se algum dia ainda poderei
Viver num lugar mais organizado.
Meu país é muito engraçado
É preciso ter plano de saúde
Porque o cidadão paga e é deixado de lado
O governo finge que não sabe da gravidade
Mas no fundo sabe da mais cruel realidade.
Meu país é muito engraçado
O ensino público agoniza
E a população quer ter futuro
Mas o governo afirma com destreza
Que o cidadão sem condições não está abandonado
Meu país é muito engraçado
Agradeço, para não dizer desgraçado
Quero estar num lugar melhor
Um lugar, onde eu possa de fato viver
Viver, da forma que eu realmente merecer.
Autor: Bruno Guilherme Nomura – 8ºB
Dor nas ruas
Eu vejo na rua
Sua nua e crua
Um ser indefinido
Barbudo, tanto sujo e cabeludo.
Mas só não imagino, porque ele está lá
Mal, ele não fez apenas ele está como está
Sinto pena, mas não sei como ajudar
Mas meu grande sonho é a realidade mudar
Mudar para melhor onde mendigos vivem esnobes.
Mas isso é apenas um sonho,
Um sonho distante
Mas não tão viajante
Só um pouco distante
Mas se isso se realizar
Com certeza tudo vai mudar.
Autor: Pedro Alberto Alves Maciel Filho – 8ºB
O planeta miséria
O planeta Terra
O planeta água
O planeta matéria
Agora planeta miséria
Um planeta miserável
Um planeta de fome
Um planeta desagradável
Quem sai ganhando aqui,
É aquele que não passa fome
Com necessidade
E sem verdade
Com um arroz e feijão,
Sonha quem dorme no clarão.
Autor: Andrew Kakubo Esteves Silva – 8ºB
Meu Deus
Meu Deus, aonde vamos chegar?
Em um mundo de misérias e crimes?
Temos a miséria nas ruas, nas praças,
Nos becos e bairros.
Meu Deus aonde está aquela flor?
Que representa amor, solidariedade
Confiança e fidelidade
Aonde foi parar aquilo que respeitava-mos
São crianças vendendo drogas, sem expectativas,
Sem futuro, em uma vida de horror.
Meu Deus por que isto está acontecendo?
Pessoas o seu emprego perdendo
Sua vida morrendo
Meu Deus tire esse punhal do meu peito,
Que está doendo.
Autor: Carlos Eduardo Gonçalves – 8ºB
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Poesias dos alunos da 8ª Série do Colégio Estadual Barão do Rio Branco - Assaí (PR), dentro do Projeto “Poesia como Gênero Vivo na Escola”, assinado pela professora Rosana Gonçalves Torquato Galassi.