Friday, October 21, 2011

Poesia como Gênero Vivo na Escola

Poesia Social




Menino



Olha lá um menino
Todo sujo e encardido
Vagando nas ruas fedido

Olha lá um menino
Abandonado e perdido
Nesse mundo tão grande

Olha lá um menino
Passando fome e miséria
Sozinho sem família
Mas tudo que ele quer...
É um lugar para ficar.

Autor: Luciano Akira de Souza – 8ºB



Meu país é muito engraçado


Meu país é muito engraçado
Saio de casa e não sei se voltarei.
É uma insegurança para todo lado
Não sei se algum dia ainda poderei
Viver num lugar mais organizado.

Meu país é muito engraçado
É preciso ter plano de saúde
Porque o cidadão paga e é deixado de lado
O governo finge que não sabe da gravidade
Mas no fundo sabe da mais cruel realidade.

Meu país é muito engraçado
O ensino público agoniza
E a população quer ter futuro
Mas o governo afirma com destreza
Que o cidadão sem condições não está abandonado

Meu país é muito engraçado
Agradeço, para não dizer desgraçado
Quero estar num lugar melhor
Um lugar, onde eu possa de fato viver
Viver, da forma que eu realmente merecer.

Autor: Bruno Guilherme Nomura – 8ºB



Dor nas ruas

Eu vejo na rua
Sua nua e crua
Um ser indefinido
Barbudo, tanto sujo e cabeludo.

Mas só não imagino, porque ele está lá
Mal, ele não fez apenas ele está como está
Sinto pena, mas não sei como ajudar
Mas meu grande sonho é a realidade mudar
Mudar para melhor onde mendigos vivem esnobes.

Mas isso é apenas um sonho,
Um sonho distante
Mas não tão viajante
Só um pouco distante
Mas se isso se realizar
Com certeza tudo vai mudar.

Autor: Pedro Alberto Alves Maciel Filho – 8ºB



O planeta miséria

O planeta Terra
O planeta água
O planeta matéria
Agora planeta miséria

Um planeta miserável
Um planeta de fome
Um planeta desagradável
Quem sai ganhando aqui,
É aquele que não passa fome

Com necessidade
E sem verdade
Com um arroz e feijão,
Sonha quem dorme no clarão.

Autor: Andrew Kakubo Esteves Silva – 8ºB



Meu Deus

Meu Deus, aonde vamos chegar?
Em um mundo de misérias e crimes?
Temos a miséria nas ruas, nas praças,
Nos becos e bairros.

Meu Deus aonde está aquela flor?
Que representa amor, solidariedade
Confiança e fidelidade
Aonde foi parar aquilo que respeitava-mos
São crianças vendendo drogas, sem expectativas,
Sem futuro, em uma vida de horror.

Meu Deus por que isto está acontecendo?
Pessoas o seu emprego perdendo
Sua vida morrendo
Meu Deus tire esse punhal do meu peito,
Que está doendo.

Autor: Carlos Eduardo Gonçalves – 8ºB


**


Poesias dos alunos da 8ª Série do Colégio Estadual Barão do Rio Branco - Assaí (PR), dentro do Projeto “Poesia como Gênero Vivo na Escola”, assinado pela professora Rosana Gonçalves Torquato Galassi.

La nave va...

Um dedo de prosa

  Fui selecionada, ao lado de vários escritores e escritoras, para integrar o projeto "Um dedo de prosa". Um dedo de prosa promove...