homem enigma que habita o silêncio
a bela mão a desenhar; furor e flor
humano e diluído entre meus cílios
vida alucinada: amar o desconhecido
que rasga com olhar poros e primaveras
nada me obriga a ficar à espera... e fico
uma guerreira no cais da última batalha
na pele: lama, sangue seco e saliva pútrida
tudo ele tirará de mim com sua língua/açoite
noite após noite língua falo mãos lábios
noites helênicas ao som do silêncio tardio
cio azulado explodindo em estrelas bailarinas
sequência surreal de filme de Pasolini
antes, nossa promessa escrita a sangue...
nunca diremos um ao outro : Te amo!