Sunday, July 09, 2006

cacaso















Cacaso (1.944-1.987)

PSICOLOGIA DO ETERNO

Meu corpo visto no breu
não envelhece: tal a fúria
da gaivota devoradora de tempo.
Meu corpo, no tempo, é negro.

Existo na véspera. O que sou
não anuncia: se repete.
Assim a música prevê
sua intenção de estátua.

Longe da morte me lanço.
No crepúsculo congelado
meu suicídio se exala.

Fico na morte irrealizado:
Casta paisagem cria o olho
que apenas se constatou.

Rio, 1965

CACASO

do livro LERO - LERO (1.967-1985)
7 Letras e Cosac & Naify

La nave va...

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