Tuesday, March 24, 2009

vitrine #4



M. Simandle





BÁRBARA

.
Cristal de fogo este sol de abril.
Felicidade ardida em oposição
à esta mágoa fendida.
Cerro negras cortinas,
na penumbra rasgo fotos
do passado.
Em rotação errada
nas paredes da memória
a mesma antiga declaração
dos homens sem imaginação...


"Bárbara, Bárbara.
Nunca é tarde
Nunca é demais”


Há que alguém me amar
sem desafinar letra e canção?
Como um barco sobre o Tejo,
como rosas se abrindo no chão.
Asas de colibri,
fogos de São João.

Uma canção que não seja tarde,
nem demais.
Que seja abril
nada mais.

A última chuva (ME ed. alternativas - 2007)
Bárbara Lia

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