Monday, August 24, 2009

ODE DESCONTÍNUA E REMOTA PARA FLAUTA E OBOÉ. DE ARIANA PARA DIONÍSIO.

.

IV

Porque te amo

Deverias ao menos te deter

Um instante

.

Como as pessoas fazem

Quando vêem a petúnia

Ou a chuva de granizo.

.

Porque te amo

Deveria a teus olhos parecer

Uma outra Ariana

.

Não essa que te louva

.

A cada verso

Mas outra

.

Reverso de sua própria placidez

Escudo e crueldade a cada gesto.

.

Porque te amo, Dionísio,

é que me faço assim tão simultânea

Madura, adolescente

.

E porisso talvez

Te aborreças de mim.

(...)

HILDA HILST

La nave va...

Um dedo de prosa

  Fui selecionada, ao lado de vários escritores e escritoras, para integrar o projeto "Um dedo de prosa". Um dedo de prosa promove...