Recebi do Arléto Rocha este livro. Um passeio pelas ruas da cidade da infância. Banzo envolto em Beleza. Sempre esta Poesia que salta à flor dos dias, basta rememorar Peabiru. Neste livro os rostos são conhecidos, as ruas, a Praça onde a infância encantou com os pirilampos e estrelas confundindo-se na dança da felicidade, as brincadeiras noturnas em todos os domingos após a missa. As mães nos bancos a conversar sobre a vida, as crianças a correr em alegria desmedida. Peabiru. Só quem viveu lá capta este mistério. Como se fossemos assinalados para levar costurado em cada poro um encanto. O cara da rua tem vários nomes. Em um momento é meu inesquecível e mais que amado professor José, que durante as aulas de Francês falava de sua paixão por Rosa. Assinalou em brasa a Marselhesa dentro de mim, confesso que já tropecei nas linhas do Hino Nacional, mas, gravei a Marselhesa intacta. O professor de Geografia - Nely Pinheiro, a sua alma era tão grande como seu corpo, mapa de bondade a apontar as ruas do mundo. O professor de Português - Antonio Bassi. A cada página salta um mundo inteiro de um tempo onde não existia perigo. Onde só tive medo dos tipos da cidade. Nossas mães o usavam para nos colocar medo, lá tinha um mendigo que andava com um cajado e a cada esquina ele gritava bem alto - Tirrapadinho - era assim que eu ouvia e nunca soube o que ele queria dizer com isto. Uma saudade latente de um lugar onde as noites estancavam em estrelas aturdidas, desciam ao chão e brilhavam dentro das romãs, dentro dos olhos das crianças, dentro das palavras de um poema, dentro da vontade de ser feliz, e éramos. Peabiru é o meu lugar. Saí de Assaí com três aninhos. Não recordo a cidade onde nasci. Recordo este lugar de poeira e estrelas com uma saudade de pedra.
Thursday, January 03, 2013
Peabiru!
Recebi do Arléto Rocha este livro. Um passeio pelas ruas da cidade da infância. Banzo envolto em Beleza. Sempre esta Poesia que salta à flor dos dias, basta rememorar Peabiru. Neste livro os rostos são conhecidos, as ruas, a Praça onde a infância encantou com os pirilampos e estrelas confundindo-se na dança da felicidade, as brincadeiras noturnas em todos os domingos após a missa. As mães nos bancos a conversar sobre a vida, as crianças a correr em alegria desmedida. Peabiru. Só quem viveu lá capta este mistério. Como se fossemos assinalados para levar costurado em cada poro um encanto. O cara da rua tem vários nomes. Em um momento é meu inesquecível e mais que amado professor José, que durante as aulas de Francês falava de sua paixão por Rosa. Assinalou em brasa a Marselhesa dentro de mim, confesso que já tropecei nas linhas do Hino Nacional, mas, gravei a Marselhesa intacta. O professor de Geografia - Nely Pinheiro, a sua alma era tão grande como seu corpo, mapa de bondade a apontar as ruas do mundo. O professor de Português - Antonio Bassi. A cada página salta um mundo inteiro de um tempo onde não existia perigo. Onde só tive medo dos tipos da cidade. Nossas mães o usavam para nos colocar medo, lá tinha um mendigo que andava com um cajado e a cada esquina ele gritava bem alto - Tirrapadinho - era assim que eu ouvia e nunca soube o que ele queria dizer com isto. Uma saudade latente de um lugar onde as noites estancavam em estrelas aturdidas, desciam ao chão e brilhavam dentro das romãs, dentro dos olhos das crianças, dentro das palavras de um poema, dentro da vontade de ser feliz, e éramos. Peabiru é o meu lugar. Saí de Assaí com três aninhos. Não recordo a cidade onde nasci. Recordo este lugar de poeira e estrelas com uma saudade de pedra.
La nave va...
Um dedo de prosa
Um Dedo de Prosa é um híbrido entre encontro de ideias, palestra e debate com o escritor, quer seja realizado em salas de aula, biblioteca...
-
Amedeo Modigliani Paris e um amor Ode de absinto E dança A voz de Piaf acorda As pedras de um beco: “C'est lui pour moi Moi pour lui...
-
Serviço: Lançamento da 2a. Temporada da websérie Pássaros Ruins Data: 11/09/2016 - Domingo Local: Cinemateca de Curiti...
-
Javier Beltrán (Federico García Lorca) e Robert Pattinson (Salvador Dalí) em uma cena do filme - Poucas Cinzas - que revi e voltei a sentir...
-
É incrível que elas tenham nascido na mesma data, Clarice em 10 de dezembro de 1920 em Chechelnyk, Ucrânia e Emily Dickinso...
-
INSÔNIA Este é o século da nossa insônia Mentes plugadas em telas isonômicas Longe dos mitos e da cosmogonia Dopados de “soma” e ...
-
Louis Garrel _ Cena de "La Belle Personne" de Christophe Honoré "o poeta escreve sobre oceanos que não conhece...
-
(Leitura poética de “Trato de Levante”) Livre. O poeta é livre. Canta Neruda com amor revolucionário. Depois que tanto...