Querido Vinícius...
Uma menina com uma flor
Uma menina do interior
E teus versos a espanar
O épico da minha casa
Tua poesia em brasa
De Amor que tudo alcança
Ah! Poetinha, poeta lindo
Poeta da Pátria minha
Tu me ensinastes a Amar!
Hoje calo a derradeira chama
Que _ cíclica _ derrama
Para falar de exílios, guerra, saudade...
E passear também pelos teus primeiros anos
A criança que um dia todos fomos
E nunca deixamos de ser: Menino e Menina
Poetas a acreditar na beleza
Por isto, atiro aquela rosa antiga da minha cabeceira
E o espanto de saber que _ o amar _ não envelhece
Hoje amo, amo e amo como naquelas manhãs do amor primeiro
E desde então e até aqui...
Também te amo, Vinícius de Moraes...
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A homenagem ao Vinícius foi _ LINDA!
Estou triste e isto está ali, no meu rosto.
O Público gostou. Isto importa.
E sei que Vinícius também amaria, ver duas poetas a dizer seus versos, a celebrar o fato dele ter nascido há Cem Anos e ter esparramado tanto encanto, tantas canções, tanta poesia. Ser o branco mais negro do Brasil, ser esta figura. Humana.