RUIDADO PARA ELA
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"A chuva é melhor agora
que não temos pressa
ou destino.
Só essa janela
(a vida que nos é alheia)
nos revela
o anseio de sair.
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Não insistes
só recolhe o calor
que deixei em tudo
como sol.
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Na chuva
a casa é tão pequena
não cabe - eu juro!
a febre do teu ventre
o fácil do meu riso
nem o filme
que por hora nos mensura."
AZZUMA
Ricardo Azzuma - Curitiba, escreve no blog:
http://www.umchimacomnietzsche.blogspot.com/
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O último verso do poema do Michel Sleiman publicado acima inspirou o título de um poema e de uma nova história que escrevo, aquele verso - Esta é a última chuva - choveu. Molhou o sentido de urgência, pois a gente nunca sabe quando será a última chuva.
A ÚLTIMA CHUVA
Eram retalhos
rascunhos
partituras rotas
odes em desordem.
Eram cinza e vento
iceberg
ancorado no cenário.
Eram estranhos
vozes de estanho
melodia brega.
És!
Música
que estremece cristais.
Som
do desmaio
da neve nos roseirais.
Plácido barco branco
no grego mar azul.
Sorriso
que clareia a cena.
És!
O piano
a orquestra
o poema
a rima rara
És o que É.
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BÁRBARA LIA
