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POETAS
(Florbela Espanca/Tiago Machado)
Ai as almas dos poetas
Não as entende ninguém:
São almas de violetas
Que são poetas também.
Andam perdidas na vida.
Como as estrelas no ar;
Sentem o vento gemer
Ouvem as rosas chorar!
Só quem embala no peito
Dores amargas e secretas
É que em noites de luar
Pode entender os poetas
E eu que arrasto amarguras
Que nunca arrastou ninguém
Tenho alma prá sentir
A dos poetas também!
Ana Mestre surpreendeu-me com uma carta e um CD de Mariza - Fado em mim, que tem a canção acima. Sinto saudades de cartas, de correspondências que não mais existem, agora são teclas, sem a digital gráfica, e a letra dela tão redonda e linda, a menina de Évora, e o pequeno jardim desenhado no final, pois ela estuda paisagismo. Junto com o abecedário tecido nesta ferramenta nossa - a palavra, dança a essência, é como se aproximar da alma. Mandem-me cartas!
Que são poetas também.
Andam perdidas na vida.
Como as estrelas no ar;
Sentem o vento gemer
Ouvem as rosas chorar!
Só quem embala no peito
Dores amargas e secretas
É que em noites de luar
Pode entender os poetas
E eu que arrasto amarguras
Que nunca arrastou ninguém
Tenho alma prá sentir
A dos poetas também!
Ana Mestre surpreendeu-me com uma carta e um CD de Mariza - Fado em mim, que tem a canção acima. Sinto saudades de cartas, de correspondências que não mais existem, agora são teclas, sem a digital gráfica, e a letra dela tão redonda e linda, a menina de Évora, e o pequeno jardim desenhado no final, pois ela estuda paisagismo. Junto com o abecedário tecido nesta ferramenta nossa - a palavra, dança a essência, é como se aproximar da alma. Mandem-me cartas!