A poesia é meu ópio
terapia
refúgio
Como era na infância
a revoada por quintais
criando reinos imaginários
A vida retalha as costas
com seu chicote
enquanto canto árias azuis
Quem não entende isto
não deve ler poemas
à meia-luz
Não deve tomar vinho
em um túmulo branco
enquanto pergunta à lua:
- Afinal, pra quê mesmo tudo isto?
Bárbara Lia