“O gelo da morte na vidraça”
Láudano para as dores reais
estas que bailam
nos olhos ejaculados
Para as dores invisíveis
chá de espectros
na chávena em chamas
Nunca me livrarei
dos vampiros anêmicos
Nunca os expulsarei
da mesa rústica
de sal e conchas
Ao meu redor
a dança alucinada -
reverso do tango:
Ódio amornado em mel
Ódio guardado vaporoso
Ódio consagrado em si bemol
Purpurina enfática cai
Nas feridas frias
Como manto de rainha bastarda -
Azul - de ódio adulterado
Bárbara Lia