Sunday, February 22, 2015

Um poema do livro "Respirar"






O Céu azul, não era
Dessa cor, antigamente;
Era branco como um lírio,
Ou como estrela cadente.

Florbela Espanca





Céu de rosas desfolhadas por Apeles
E sol mãos de assassino a pousar
Nas felizes casas brancas do mar

Amar esquecer amar esquecer
Amar de novo, esquecer outra vez
Restos da ave de aço em seu túmulo

A luz bruxuleia e Espanca
A chuva ainda é velha amiga
O céu se abre em lírios e estrelas
E a Flor bela ainda nos sussurra:

     “Uma alegria é feita dum tormento,

    Um riso é sempre o eco dum lamento”

Bárbara Lia 
Respirar (2014)
Página 45



* para encomendar o livro - barbaralia@gmail.com

La nave va...

  As palavras rolavam na grama e molhavam o chão com o desejo enrustido. As palavras eu as colhia e as bebia e depositava entre as coxas o f...