
Figo
do figo, adivinho suas carnes
que entre os dentes deitam
a doçura ardente
da manhã primeira
da humanidade
do figo, adivinho sua seiva
seu desmanchar-se
estriadas nebulosas
quando dissolvido
em morte amorosa
do figo, gosto da luz escondida
atrás da cortina camurça
que enruste
a vítrea forma
da semente:
estrelas diminutas
do figo, raro pomo
quero provar sem pressa
com a vidraça aberta
fazendo inveja à lua
do figo, adivinho suas carnes
que entre os dentes deitam
a doçura ardente
da manhã primeira
da humanidade
do figo, adivinho sua seiva
seu desmanchar-se
estriadas nebulosas
quando dissolvido
em morte amorosa
do figo, gosto da luz escondida
atrás da cortina camurça
que enruste
a vítrea forma
da semente:
estrelas diminutas
do figo, raro pomo
quero provar sem pressa
com a vidraça aberta
fazendo inveja à lua
Bárbara Lia
Figo é uma das minhas frutas favoritas, sai procurando uma imagem de figo e descobri que o Luís Figo combina com esta poesia, e como combina!