Sunday, April 17, 2011

A poeta invisível


Passeando por São Chico. A noite em festa. Os dias na praia deserta, no coração o tsunami-PESSOA.
Um verso, outro verso. Cada sopro do gênio regenera um corte, acende nova luz, inaugura o dia.
Segue a Poeta ouvindo o Mestre, bebendo o sal das manhãs, a Paz é este horizonte com barcas, um rosto único debruçado em um coração antigo, a vida é, a vida é MAIS.


Não; Não digas nada!

Não: não digas nada!
Supor o que dirá
A tua boca velada
é ouvi-lo já.

É ouvi-lo melhor
Do que o dirias.
O que és não vem à flor
Das frases e dos dias.

És melhor do que tu.
Não digas nada; sê!
Graça do corpo nu
Que invisível se vê

Fernando Pessoa

La nave va...

PACOTE DE POESIA

94ª edição do 'PACOTE DE POESIA" traz 15 poemas de Bárbara Lia. Quem vive em Curitiba pode retirar - gratuitamente- no SESC do Paço...