Para quem desejar ter um romance e um livro de poesia, tenho exemplares de "As filhas de Manuela" e do livro de Poesia "Põe a mão em mim, viro água". Contato via e-mail - barbaralia@gmail.com
As Filhas de Manuela
Bárbara Lia
Romance
150 páginas
Capa: Fotografia de Félix Nadar (1820-1910)
Triunfal – Gráfica e Editora (Assis – SP)
2017
Sinopse:
As Filhas de Manuela trafega pelo realismo mágico. A narrativa inicia em 1839 em plena Guerra dos Farrapos e segue até os dias atuais. O enredo acompanha a vida de todas as descendentes de Manuela, uma garota simples de Paranaguá que se apaixona por um oficial da Armada Nacional. Manuela sai em uma busca pelo homem amado e esta busca a levará ao encontro de alguém cruel. Este homem, rejeitado por Manuela a amaldiçoa. Nesta maldição ele pretende que ela e sua descendência sofram duras perdas com o adendo de levarem, todas as mulheres da estirpe de Manuela, uma sombra da cor do sangue.
Como cada mulher viveu esta peculiaridade e os desdobramentos deste encontro de Manuela com o amor e o ódio vai definir os passos futuros das mulheres da família de Manuela em um círculo de perdas e superações.
– As Filhas de Manuela recebeu, em 2015, Menção Honrosa na primeira edição do Prémio Fundação Eça de Queiroz – em Santa Cruz do Douro, Portugal.
Fragmento do livro:
(…)
conheci uma escritora triste que sempre fica na Livraria Ponte de Tábuas, tomando um cappuccino e escrevendo. Ela me vê. Conversamos telepaticamente. Ela diz que gostaria de ver Proust e não eu. Eu pergunto: quem é Proust? Passo horas ouvindo sobre Proust. Ela o admira. E ela diz que adoraria que eu fosse Proust, pois eu poderia dizer se os escritos dela são Literatura ou desabafo. Poesia ou nada. E ela lê para mim e eu ouço e acho lindo. Ela diz que achar lindo não significa muito. Ela diz que as pessoas choram com propaganda de margarina e gostam de axé. Eu não sei bem o que é axé. Digo que meu avô ouve umas óperas italianas belíssimas e que minha avó adora Chico Buarque. Ela sorri e diz: — Berço de ouro o teu, Mel. Eu sorrio. Nasci em berço de ouro. Sim. Eu nasci. Ela diz que tem nome de escritora: Virginia. As minhas tardes ganham nova alegria. Sento-me diante de Virginia e tenho aulas de Literatura. De vez em quando ela se queixa por eu não ser Proust, mas, com o tempo deixa de humilhar-me por causa de Proust e começa a ser mais amiga.
As filhas de Manuela (Bárbara Lia)
"Põe a mão em mim, viro água"
Poesia
Bárbara Lia
Edição da Autora
2021
"Põe a mão em mim, viro água" reúne poemas escritos durante o ano de 2020.
Poesia escrita em tempos de pandemia. Apenas os três poemas da série - O céu ainda é azul - foram escritos antes da pandemia, após a visita à exposição de Yoko Onno, no Instituto Tomie Othake, São Paulo.
O livro é dividido em três blocos com os seguintes títulos:
- 'Põe a mão em mim, viro água'
- 'O céu ainda é azul'
- 'A arte de não morrer'
O livro tem 72 páginas.
O título é fragmento de uma fala da personagem Doralda, do livro "Corpo de Baile" - de João Guimarães Rosa: "Estou adoecida de amor. Põe a mão em mim, viro água".
Capa e ilustrações internas do pintor tcheco Alphonse Mucha.