Monday, July 05, 2021

Um poema para Alejandra Pizarnik

 

 


"Ser poeta é ser visitante de um litoral distante até morrer."

Holldór Laxness 

 

 

 

Sonhei com Alejandra Pizarnik

Ela vestia um pulôver

- Cor crepúsculo fosco –

Pantalonas da mesma cor

Uma malha branca

Alvíssima

(Contraste perfeito)

Ela veio a mim

Saída de uma névoa clara

Linda e lenta

Em quase dança

Olhou-me com seus olhos

Grandes, eternos

- Duas amêndoas orvalhadas -

Meio a um sorriso delicado

Sussurrou:

 

Creo que mi soledad

Debería tener alas”

 

Com leveza de pássaro

Deu meia volta e saiu

A bruma a engoliu

E ninguém

Nunca mais a viu


Bárbara Lia

 

Saturday, June 26, 2021

Leonard Cohen "So Long, Marianne" (Legendado)

Diálogo poético com Leonard Cohen *e outros poetas amados*

https://www.youtube.com/watch?v=wyVicmarzUA



Três poemas de Bárbara Lia



Não pretendo sugerir que fui quem mais te amou
Não posso controlar o destino de cada pássaro caído
Lembro-me bem de você no Hotel Chelsea
Então é isso, nem penso em você com tanta frequência

Leonardo Cohen (fragmento da canção Chelsea Hotel)

 

 

o mar é meu

disse Ariadne

e adormeceu

nunca sofreu

pelo abandono

de Teseu

ou de todo

e qualquer menino

a todos:

adeus, adeus...



o mar é meu

pensou Ariadne

sua dança atiça

estrelas cálidas

entre as coxas



o mar é meu

e lambo as conchas

como Janis Joplin

lambia o sexo

de Leonard Cohen

no Chelsea Hotel



o mar é meu labirinto

absinto

vidro moído no coração

som & fúria

insubmisso

com mil caprichos



- o mar é meu

 



---




e ela rezou baixinho a Leonard Cohen

 

 

ela não acreditava mais
no amor e na flor
mas o amor acreditava
nela
na beleza do imponderável
ela não acreditava
em mais nada
temia a pétala aguda
lança que caiu no coração
 com o nome dele cravado ali
o olhar belíssimo - pétala lança
a voz pétala uma lança
a flor em lança
e a beleza
e tudo ela atirou longe
arrancou do peito
aquela primavera mais atrevida
querendo morar em sua vida
ela não acreditava mais
no amor
na flor 
na primavera
e quando detonou tudo
com chuvas de dez anos
em uma única tarde
arrependeu-se

chorou
mãos em conchas

no rosto antigo
e pensou em prece
e por crer apenas na poesia
e no amor dos poetas
rezou baixinho a Leonard Cohen


que ele me ame como você amou Marianne 
que ele me ame como você amou Marianne 
que ele me ame como você amou Marianne 


e assim repetiu
até adormecer



---



And if you want another kind of love

I'll wear a mask for you

Leonard Cohen

 

 

 

 

não cessa este canto de areia

ampulheta lerda a lembrar

esta lonjura até os teus poentes

nossa revolução desesperançada

nos leva a erguer o esqueleto a cada dia

para caminhar silente em uma estrela fria

a mastigar versos raros de amigos caros

mariposas de Neruda e Ave Nave de Hilda

lua de Lorca e rebanhos de Caeiro

as estradas de Kerouac nos levam

ao Cabaret Verde de Rimbaud

só em Pasárgada faremos amor

ao som de - I’m your man –

é vital que a voz seja de Cohen

tecerei uma blusa amarela qual de Maiakovski

pra te enlear em um eterno entardecer

e a luva de pelica de Ana C.?

esta eu calçarei para tocar você



Bárbara Lia

Poeta e Escritora Brasileira



Leonard Cohen

Poeta, Escritor, Cantor e Compositor Canadense





Bárbara Lia 
Fotografia - Daniel Castellano
Arte da fotografia - Lua Palasadany













Leonard Cohen
Imagem by - The Guardian


Friday, May 07, 2021

2021








                                                                                    fotografia - Sabrina Gomes




O ano pleno de situações complexas. Vírus e acontecimentos. O coração aos pedaços diante do cenário do País, a poesia se retira. Concentração zero. Nenhum poema nasce nesta barbárie. Meu íntimo pleno de sensibilidades está destroçado. Penso organizar os escritos. Começar a preparar uma Antologia da minha Poesia. O ano se faz árido no que diz respeito à criação. Alguns acenos ali adiante. A edição do romance que ficou em quarto lugar no Prêmio de Obras Literárias - Outras Palavras - Lei Aldir Blanc - Governo Estado do Paraná.

O edital prevê uma futura edição. Meu romance premiado é "Olhos de Dietrich" - Romance Policial. 

O projeto do poeta Rubens Jardim - “As Mulheres Poetas na Literatura Brasileira”  - ganhou edição impressa (Editora Arribacã) e encontra-se na fase de pré-venda.

Abaixo o link para adquirir a mais completa coletânea da poesia brasileira escrita por mulheres. Participo desta obra literária, com muita alegria.

http://www.arribacaeditora.com.br/as-mulheres-poetas-na-literatura-brasileira/


Em fevereiro editei os poemas escritos em 2020.  Apenas os três poemas da série - O céu ainda é azul, você sabe - foram escritos antes da pandemia, após a visita à exposição de Yoko Onno, no Instituto Tomie Othake, São Paulo.

O livro é dividido em três blocos com os seguintes títulos:

- 'Põe a mão em mim, viro água'

- 'O céu ainda é azul'

- 'A arte de não morrer'

O livro tem 68 páginas.

O título é fragmento de uma fala da personagem Doralda, do livro "Corpo de Baile" - de João Guimarães Rosa: "Estou adoecida de amor. Põe a mão em mim, viro água".

Capa e ilustrações internas do pintor tcheco Alphonse Mucha.

Para adquirir um exemplar com dedicatória basta enviar um e-mail para barbaralia@gmail.com para maiores informações de como proceder. O valor já com taxa de correios é R$.30,00.




Monday, May 03, 2021

Silenciário - Sylvio Back








Lançamento nacional de “Silenciário”:

  obra poética reunida de Sylvio Back


Afirmando no prefácio de "Silenciário", obra poética reunida de Sylvio Back (lançamento nacional no próximo dia 03 de maio), que "o autor realiza experiência única no panorama da cultura brasileira", o poeta e escritor, Adriano Espínola, dá o mote desta bela e rara publicação da EdUFSC (Editora da Universidade Federal de Santa Catarina, 431 págs. 2021).

E completa para enaltecer a fusão da "expertise de cineasta à de poeta", onde, mesmo diante da morte, para Back o cinema é a "maior diversão", por sinal, título do florilégio de trinta e seis inéditos que abre o livro.

Antenada aos tempos da horrível pandemia que nos assola, a EdUFSC está brindando o público amante de poesia e de literatura com "Silenciário", tanto no formato de e-book, desde já na íntegra com acesso gratuito pelo link

https://repositorio.ufsc.br/bitstream/handle/123456789/221419/Silenciario-ebook%209fev21.pdf?sequence=1

como na versão impressa através do link

https://editora.ufsc.br/2021/03/25/em-breve-silenciario-de-sylvio-back/




"Silenciário", que traz inspirada capa do designer, Luiz Antonio Solda, compila obras que remontam aos últimos trinta anos, desde a estreia do poeta em "Moedas de Luz" (1988), a "Yndio do Brasil - Poemas de Filme" (1995), "Eurus" (2004), "Traduzir é poetar às avessas (Langston Hughes por Sylvio Back), de 2005; ao mais recente, "Kinopoems" (2006/2014).

A destacar que Sylvio Back, "hoje um dos principais cultores do poema erótico no Brasil”, segundo Adriano Espínola, teve publicado em "Quermesse" (Topbooks, RJ, 2013) todos seus livros nessa vertente, inclusive os inéditos que dão o título ao conjunto. 

O autor

Sylvio Back, 83, é cineasta, poeta, roteirista e escritor. Filho de imigrantes hún­garo e alemã, nascido em Blumenau (SC), acaba de receber o título de “Doutor Honoris Causa”, concedido pela Universidade Federal de Santa Catarina, por sua obra cinematográfica e literária dedicada à arte e à cultura brasileiras.

Ex-jornalista e crí­tico de cinema, em 1962 inicia-se na direção cinematográfica, tendo escrito, realizado e produzido até hoje trinta e oito filmes – curtas, médias e doze longas-metragens: "Lance Maior" (1968), "A Guerra dos Pe­lados" (1971), "Ale­luia, Gretchen" (1976), "Revo­lução de 30" (1980), "Repú­blica Gua­rani" (1982), "Guerra do Bra­sil" (1987), "Rádio Auriverde" (1991), "Yndio do Brasil" (1995), "Cruz e Sousa – O Poeta do Des­terro" (1999), "Lost Zweig" (2003), "O Contestado – Restos Mortais" (2010), e "O Universo Graciliano" (2013).

Tem publicados vinte e cinco livros (poesia, contos, ensaios) e os argu­men­tos/roteiros de dez de seus longas metragens citados.

Com 77 láureas nacionais e internacionais, Sylvio Back é um dos mais premiados cineastas do Brasil.

 

Wednesday, March 31, 2021

Meus Livros



Quando editei o painel o novo livro de Poesia ainda não existia. "Põe a mão em mim, viro água". Ele é assim mesmo, uma capa intocada. Tanta beleza na tela de Alphonse Mucha fez com que eu deixasse intocada a capa. O título do livro está na lombada, e no início do livro. 68 páginas. Poemas escritos em 2020 no início da pandemia. Meu décimo livro de Poesia. Edição independente. Para saber mais detalhes e comprar um exemplar enviar um e-mail para a autora - barbaralia@gmail.com



Monday, March 08, 2021

Poesia & Prosa

Para quem desejar ter um romance e um livro de poesia, tenho exemplares de "As filhas de Manuela" e do livro de Poesia "Põe a mão em mim, viro água". Contato via e-mail - barbaralia@gmail.com


 



As Filhas de Manuela
Bárbara Lia
Romance
150 páginas
Capa: Fotografia de Félix Nadar (1820-1910)
Triunfal – Gráfica e Editora (Assis – SP)
2017



Sinopse:
As Filhas de Manuela trafega pelo realismo mágico. A narrativa inicia em 1839 em plena Guerra dos Farrapos e segue até os dias atuais. O enredo acompanha a vida de todas as descendentes de Manuela, uma garota simples de Paranaguá que se apaixona por um oficial da Armada Nacional. Manuela sai em uma busca pelo homem amado e esta busca a levará ao encontro de alguém cruel. Este homem, rejeitado por Manuela a amaldiçoa. Nesta maldição ele pretende que ela e sua descendência sofram duras perdas com o adendo de levarem, todas as mulheres da estirpe de Manuela, uma sombra da cor do sangue.
Como cada mulher viveu esta peculiaridade e os desdobramentos deste encontro de Manuela com o amor e o ódio vai definir os passos futuros das mulheres da família de Manuela em um círculo de perdas e superações.


– As Filhas de Manuela recebeu, em 2015, Menção Honrosa na primeira edição do Prémio Fundação Eça de Queiroz – em Santa Cruz do Douro, Portugal.


Fragmento do livro:


(…)
conheci uma escritora triste que sempre fica na Livraria Ponte de Tábuas, tomando um cappuccino e escrevendo. Ela me vê. Conversamos telepaticamente. Ela diz que gostaria de ver Proust e não eu. Eu pergunto: quem é Proust? Passo horas ouvindo sobre Proust. Ela o admira. E ela diz que adoraria que eu fosse Proust, pois eu poderia dizer se os escritos dela são Literatura ou desabafo. Poesia ou nada. E ela lê para mim e eu ouço e acho lindo. Ela diz que achar lindo não significa muito. Ela diz que as pessoas choram com propaganda de margarina e gostam de axé. Eu não sei bem o que é axé. Digo que meu avô ouve umas óperas italianas belíssimas e que minha avó adora Chico Buarque. Ela sorri e diz:  — Berço de ouro o teu, Mel. Eu sorrio. Nasci em berço de ouro. Sim. Eu nasci. Ela diz que tem nome de escritora: Virginia. As minhas tardes ganham nova alegria. Sento-me diante de Virginia e tenho aulas de Literatura. De vez em quando ela se queixa por eu não ser Proust, mas, com o tempo deixa de humilhar-me por causa de Proust e começa a ser mais amiga.

As filhas de Manuela (Bárbara Lia)





"Põe a mão em mim, viro água"
Poesia
Bárbara Lia
Edição da Autora
2021


"Põe a mão em mim, viro água" reúne poemas escritos durante o ano de 2020.

Poesia escrita em tempos de pandemia. Apenas os três poemas da série - O céu ainda é azul - foram escritos antes da pandemia, após a visita à exposição de Yoko Onno, no Instituto Tomie Othake, São Paulo.

O livro é dividido em três blocos com os seguintes títulos:

- 'Põe a mão em mim, viro água'

- 'O céu ainda é azul'

- 'A arte de não morrer'

O livro tem 72 páginas.

O título é fragmento de uma fala da personagem Doralda, do livro "Corpo de Baile" - de João Guimarães Rosa: "Estou adoecida de amor. Põe a mão em mim, viro água".

Capa e ilustrações internas do pintor tcheco Alphonse Mucha.


Friday, February 19, 2021

Simpósio 7 – Seção I – Mapeando feminismos na literatura: mulheres e escritura na América Latina – Seção II – Mapeando feminismos na literatura: mulheres e escritura na América Latina







"Bárbara Lia faz parte do grupo de mulheres que se lançam no mundo da ficção com “o desejo de se posicionar contra a corrente, de promover revisões de valores, de representar mulheres inspiradas em figuras reais que desmentem estereótipos femininos, construídos ao longo da hegemonia patriarcal” (ZOLIN, 2019a, p. 328). Por esses e outros motivos, a literatura de autoria feminina paranaense, e em especial a de Bárbara Lia, merece um olhar mais atento e também ser incluída no repertório sócio cultural das pessoas, tanto nos níveis acadêmico e escolar, quanto em outros âmbitos da sociedade".

(Andriele Aparecida Heupa)

Link para o artigo "Mulher e literatura: a memória da dor no romance As filhas de Manuela, da escritora paranaense Bárbara Lia Andriele Aparecida Heupa (Unicentro)" apresentado no Simpósio 7 - LHM - Literatura História e Memória.


https://www.seminariolhm.com.br/site/simposios/07/32439.pdf

Monday, February 15, 2021

Última chamada para aderir ao projeto via catarse - "Põe a mão em mim viro água".




Encerra na data de hoje o projeto de financiamento coletivo "Põe a mão em mim, viro água". Criado para viabilizar a edição do meu décimo livro de poesia (poemas escritos no ano do início da pandemia). O livro tem 68 páginas. Capa do artista tcheco Alphonse Mucha. Acesse o link abaixo para saber os brindes e as várias formas de ter este livro com carinhosa dedicatória.




Quem não conseguir aderir hoje, e desejar o livro, entrar em contato comigo no e-mail barbaralia@gmail.com




Saturday, January 16, 2021

"Põe a mão em mim, viro água" - Poesia _ Bárbara



Meio ao momento triste e denso que vivemos, cerrada na casa a ouvir as notícias, decidi editar um livro. Trabalho quase terapia. Forma de reunir em um único livro os poemas escritos em 2020 - o ano do início da pandemia.

Meu décimo livro de Poesia.

Em três blocos de poesias inéditas em livro, um panorama do ano fatídico.
"Põe a mão em mim, viro água" ameniza o momento com poemas que falam do amor passional.
"O céu ainda é azul", separa os poemas escritos em 2020 com uma mínima sequência de poemas escritos após a visita à exposição de Yoko Onno - o céu ainda é azul.
"A arte de não morrer" encerra com poemas escritos sob o impacto da pandemia, o pensamento entre vida e morte. Com poemas como "Por um segundo", e "Para que haja luz lá fora". Poesia escrita no ano do vírus, o ano das interrogações.

A capa é do artista tcheco - Alphonse Mucha.

Link para o Catarse:



Obrigada!

Friday, December 18, 2020

Olhos de Dietrich

 

Olhos de Dietrich - Romance


  • Meu novo livro sairá via Edital - Outras Palavras - Prêmio Obras Literárias - Lei Aldir Blanc.
  • Muitos autores e gêneros, projeto da Secretaria da Cultura. Meu primeiro romance - Solidão Calcinada - foi editado pela Imprensa Oficial/Sec. da Cultura, e agora esta narrativa que escrevi há oito anos, premiada em quarto lugar. 

  • Fiquei muito feliz por estar entre os premiados e saber que um novo livro vai para as mãos dos leitores. Novos leitores e os que estão sempre ao lado, livro a livro, ano a ano. A maratona da vida que nunca termina...

  • Depois conto mais sobre este livro. Estilo suspense. História policial. 

  • #fiquememcasa

Saturday, October 03, 2020

#SEMIC2020PUCPR Solidão Calcinada: O papel duplamente transgressor das ...

O Romance "Solidão Calcinada" no - XXVIII Seminário de Iniciação Científica do Paraná -

 

 

Do instagram da Maria Fernanda Niz:

--  eu, Maria Fernanda, com a orientação do professor Otto, estudei e analisei a obra "Solidão calcinada" da escritora paranaense Bárbara Lia, cuja possui a prosa mais poética que já li. O livro retrata o resgate da memória que a personagem principal, chamada Bárbara, faz de suas antepassadas, enquanto está em busca de saber mais sobre seus pais que foram militantes durante a ditadura militar. Serena, a mãe de Bárbara morreu nos porões da ditadura quando a filha ainda era um bebê, e é nessa personagem que eu concentro boa parte de minhas análises, para assim relembrar o legado das mulheres militantes durante a ditadura militar, através da literatura paranaense. ⠀

 
Para dar base à minha pesquisa, utilizei obras sobre a teoria feminista, também que contextualizem o momento histórico da ditadura e sobre memória. Você pode conferir tanto meu vídeo explicando mais sobre minha pesquisa quanto o meu resumo na mesma área que acontece a votação. Fica o convite para ir conferir essa e outras pesquisas. ⠀

 

Apoie a produção científica! Vote na bio do meu perfil ou no link abaixo:


https://semic2020.pucpr.br/sumario/1/semic?grandeArea=33&area=&programa=&bolsa=ICV&idioma=&busca=solid%C3%A3o+calcinada

Monday, September 28, 2020

'Bella Ciao'



Sinopse
 

"Bella Ciao" é sobre decisões que alteram rumos. É sobre partir ou ficar.

"Bella Ciao" tem leveza em tempos em que os temas são tão pesados que nos soterram.



La nave va...

Uma Entrevista na Revista Arte Cítrica n°3

  Na página 94 uma entrevista sobre minha vida de poeta na bela edição da Revista Arte Cítrica nº 3: https://drive.google.com/file/d/1PPTZT6...