
Tuesday, March 31, 2009
Monday, March 30, 2009
uma imagem para Lia #8
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à porta dos amantes
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Só sei plantar palavras...
Tão simples, no alambrado.
As flores da minha rua
que eu nem percebia
- amarelas violáceas rubras -
Talvez as flores te evoquem
o jarro à porta dos amantes insaciáveis
o sol a iluminar o amor e o jarro.
Bárbara Lia
Friday, March 27, 2009
céu
Thursday, March 26, 2009
estante #13

Esta poesia visual está no livro Horizons Partiels que Julien Blaine enviou-me logo após o Congresso Brasileiro de Poesia em 1997.
Julien Blaine, nascido em 1942 em Rognac, é um Poeta francês, um dos criadores do Poesia Ação (Cá entre nós, performance poética) um gentleman que sempre me convidou para as exposições do Ventabren Art Contemporaine - Je vous salue, Julien!
Tuesday, March 24, 2009
vitrine #5

vitrine #4

Cristal de fogo este sol de abril.
como rosas se abrindo no chão.
Asas de colibri,
fogos de São João.
vitrine #3
vitrine #2

No escuro escrevo como quem
adora
descora.
vitrine #1
Gaivotas pousam estacas
entristecidas
Corredor surreal
e marinho
Tarde sem sol
Mar verde em acalanto
Montanhas em azuis
distâncias
Nuvens a formar
espectros no horizonte
Esta barca Estrela-da-manhã
Este capitão menino
entre céu e mar
Ar cinza de incêndio adiado
Mistérios de agosto
sem ti.
- O sorriso de Leonardo (Kafka ed. baratas 2004)
1° livro de poesias da Lia
* na barca rumo à Ilha do Mel - agosto de 2004
Monday, March 23, 2009

LONDRES, Reino Unido (AFP) - O filho dos poetas Ted Hughes e Sylvia Plath, Nicholas Hughes, cometeu suicídio na semana passada, 46 anos depois da mãe ter se matado, noticia o jornal londrino The Times. Nicholas Hughes, que sofria de depressão, se matou dentro de casa no estado americano do Alasca, informou a irmã dele ao periódico. Nicholas Hughes era professor de ictiologia e ciências oceânicas na Universidade do Alasca-Fairbanks, mas recentemente havia renunciado ao cargo para instalar uma oficina de cerâmica em casa. "Com profundo pesar devo anunciar a morte de meu irmão, Nicholas Hughes, que tirou a própria vida em 16 de março de 2009 em sua casa no Alasca", afirma Frieda Hughes em um anúncio publicado pelo Times. Nicholas Hugues era solteiro e não tinha filhos. Sua mãe, Sylvia Plath, americana, cometeu suicídio em fevereiro de 1963 ao deixar aberto o gás da cozinha de casa, depois de ter vedado com toalhas o quarto dos filhos. Ted Hughes, britânico, morreu em 1998, depois de ter vivenciado outra tragédia, quando sua companheira Assia Wevill também cometeu suicídio com gás, matando ao mesmo tempo a filha do casal, em 23 de março de 1969. Vários críticos acusaram durante muito tempo Hughes, por suas infidelidades conjugais, de ter sido a causa da morte da esposa. O escritor inglês evitou durante anos comentar publicamente a morte de Plath, até publicar, pouco antes da morte, Cartas de Aniversário, uma obra na qual recorda os sentimentos da época. Alguns críticos literários lamentam ainda que boa parte da notoriedade de Sylvia Plath se dever às circunstâncias de sua morte, e não a suas obras.
I'm your man
I'm your man
http://www.leonardcohenimyourman.com/
O documentário fez parte da seleção dos festivais de Berlim, Sundance e Toronto em 2006.
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Vontade de morar no coração de Leonard Cohen. Recolher de sua poesia toda palavra e dormir com elas, amá-las ao som de sua voz adocicada.
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Atrás das linha inimigas do meu amor - poesias de Leonard Cohen - lançado no Brasil - tradução do poeta Fernando Koproski:
http://www.7letras.com.br/detalhe_livro/?id=84
estante # 12

Sunday, March 22, 2009
Mukhtar Mai - um símbolo
Uma carta

...
Saturday, March 21, 2009
estante #11
colecção golpe d'asa
Indícios de Oiro - 2005
estante #10

dos amigos nomes dos pais nomes
dos inimigos nomes das árvores
nomes das pedras e das flores nomes
dos rios nomes dos capins ficaram só
nomes na despedida do que foi nomes
nas hastes nomes no ar no vento
nomes no tempo nomes é o que fica
ficarão pra sempre na paisagem:
nomes números & conceitos
Jairo Pereira
Espirithopéia
pg 157
Wednesday, March 18, 2009
Teatro #2

Relembrando a peça do Grupo Uninter - Céu.
Recebi o convite da Geisa Muller, com direito a fragmento de Ovidio.
"Pare, Cupido, de condenar seu poeta como um criminoso, eu que, tantas vezes, sob o seu comando, carreguei o estandarte que você me confiou. Frequentemente outros homens esmorecem; eu sempre amei, e se vc me perguntar o que faço ainda neste momento, eu amo."
Ovidio
Teatro #1

Festival de Teatro de Curitiba
dias: 20, 21, 22 e 25 às 19h
27, 28 e 29 às 21h
Ingresso: R$14,00 e R$7,00 (meia)
Casa do Damaceno - Rua 13 de Maio, 991 - inf.: 41-8493-3809
www.marcosdamacenocia.com.br
Texto e direção: Marcos Damaceno – a partir da obra de Thomas Bernhard
Com: Rosana Stavis - Composição, Adaptação e Direção Musical: Gilson Fukushima Violinista: Roger Vaz - Iluminação: Waldo León - Figurinos: Maureen Miranda
Arte e Design Gráfico: Foca Cruz - Fotos: Elenize Dezgeniski
Monday, March 16, 2009
A noite perfumada de Magnólia II

Segunda percepção – A luz se move
Vagalumes são faróis terrestres.
Siameses de estrelinhas verdes.
Espiões de meninas travessas.
Detrás das árvores de flores brancas eles abduziam Magnólia.
Piscavam, enfeitiçavam.
O luscofusco magnético fazia com que ela girasse em ciranda acompanhando a impossível luz.
Ninguém ensinou à Magnólia como colher vagalumes e estrelas.
A primeira vez que Magnólia entrou solenemente na vida, era esta a percepção:
Uma calçada clareada de chuva de mínimas flores brancas, uma janela com luz estranha lembrando o miolo de romãs e vagalumes distantes de seus dedos frágeis.
Magnólia colecionava palavras e não sabia qual a sua primeira palavra.
A mãe jamais dissera.
Por isto imaginava que sua primeira palavra tinha a ver com flor e luz e inseto que incendeia em luscofusco.
Talvez tenha sido um suspiro sua primeira palavra.
Ou uma interjeição.
Ah!
O que mais pode expressar o sentimento de inserção...
Talvez tivesse repetido o som da flor que cai suave e branca na calçada.
E este som era o prenúncio de que o paraíso está ali na esquina.
Andava com prenúncios de paraíso ouvindo o som da flor que cai.
Bárbara Lia
Friday, March 13, 2009
Toma os teus ponteiros

é o troco dos relógios que invento.
2008, de fato, foi o ano da lama.
Todavia, que venha o vinho,
mais chuva no ninho,
&, por favor, meus corações todos num só umbigo.
Tuesday, March 10, 2009
Um poeta em carne viva
Monday, March 09, 2009
Céu

A VOLÁTIL CIA. DE TEATRO DO UNINTER
convida para o ensaio aberto do espetáculo:
CÉU
Sexta-feira, 13/03/2009
HORÁRIO: 21H
TEATRO UNINTER
ENTRADA PELA RUA DO ROSÁRIO, 147
(próximo ao LARGO DA ORDEM)ENTRADA FRANCA
----- Geisa Muller convida para o ensaio aberto - e para a apresentação durante o Festival de Teatro de Curitiba------
Sunday, March 08, 2009
mujeres


Um arrepio de emoção, pousar o olhar em um quadro de Frida Kahlo um dia antes do dia das mulheres. O vestido que ela pintou entre uma infinidade de signos novaiorquinos, um carimbo de sua etnia e força tolteca, evocação de sua saudade. O vestido em um varal que se estende entre um vaso sanitário e uma ânfora com uma fênix no alto. Um presente único neste dia que eu ouso celebrar: Ser mulher! Gosto desta fase de Frida, onde o tumulto e o estranhamento com outro país suscitou o quadro que está nesta exposição, o outro onde Diego despenca de um prédio, o outro onde o dedo necrosado sangra na banheira. No sábado uma festa que antecipa o dia de todas as mulheres. Quatro Mulheres. Um passeio ao museu, um jantar à luz de velas. Crepes & Martinis. Quatro Mulheres. Neuza Pinheiro me apresentou Shirley K. e Ana Machado. Uma tarde/noite de belezas. Os quadros todos belos, mas, como a compactuar este instante com as pintoras eternizadas ali que certamente comungam conosco a hóstia de fogo a vida o vôo o sonho o espanto, na exposição não me detive em Orozco, Siqueiros, nem mesmo em Rivera. A grandiosidade dos muralistas mexicanos esqueço, para contemplar a fêmea tessitura, o vendaval surreal desta mulher que me domina e a candura de uma outra mulher alimentando a lua com uma papinha de estrelas moídas. A ternura do coreto de madeira (amo coretos!) flanando no espaço meio a um mar de estrelas. A lua na gaiola - pura poesia. A lua é só uma criança faminta, devo lhe dizer - tu que temes a lua.
Thursday, March 05, 2009
Reflexões sobre o mundo árabe contemporâneo

Cursos Icarabe
Curso do Icarabe Reflexões sobre o Mundo Árabe, agora em Curitiba
Associação Comercial do Paraná, no Auditório Carlos Alberto Pereira de Oliveira – 9º andar;
Nos dias 12, 13 e 19, 20 de março
Wednesday, March 04, 2009
Prosa & verso
Estudos Avançados - II - História (Gêneros da escrita: literatura, história e a teoria feminista sobre a escrita de mulheres) - Izabel Liviski
...emprestamos a frase que Virginia Woolf disse em/para Orlando, e que parece se aplicar também à nossa autora: “Pois, segundo parece – seu caso prova isso -, escrevemos não com os dedos, mas com a pessoa inteira. O nervo que controla a pena enrola-se em cada fibra do nosso ser, amarra o coração e trespassa o fígado."
**
DUAS TENDÊNCIAS DA NOVÍSSIMA POESIA CURITIBANA NO ALVORECER DO SÉCULO XXI - MÁRCIO DAVIE CLAUDINO DA CRUZ...
*
A poesia de Bárbara Lia quer sempre atrair o universo do sonhador para o real, para a rua, para a casa, para os amigos e para o que mais lhe pertence intimamente: filhos, amigos, amores: “guardei nas dobras da alma / os que amo e são meus” (A última chuva, p. 17) [1]. E por que o real é fato nos McDonald’s da vida e no “fluxo anêmico dos carros (de luxo)” (A última chuva, p. 15), a mística busca dessa poesia é erotizar e sonhar a partir do real, com a espreita ritual da vidente na “água calêndula no ralo” que “revela”: a forma exata do rosto estrangeiro e o sexo formigueiro de prostituta de Veneza... Espie pelas frestas do Zeppelin dos sonhos... Meu mundo: Sem Florais de Bach Feng Shui Mantras.” (A última chuva, p. 15). Revelando formas de rosto e sexo pelo transe e pelos sonhos, o mundo se compõe de ausências, “sem florais de Bach / Feng Shui / Mantras”. Sem esses auxílios místicos para viver. A realidade avistada com estranhamento significa, em poesia, colocar ao lado de um termo real outro surreal. Porque é preciso revigorar a realidade, virando o disco, tocando outra faixa. Estar atento à faixa que emerge súbita, fora do plano cotidiano é tarefa de quem avista, de repente, coisas ditas como: “andando por calçadas molhadas / -uma lâmpada grávida / estremecida de sol” (A última chuva, p. 11), “o algodoal menstrua / sangue branco / antes da primavera” (Noir, p. 31)[2], “meninas nuas em camas de areia / com o pó negro de Kohl / derretendo em prazer / no olhar” (Noir, p. 41), “Como quem olha entre as frinchas de um biombo, / vi tuas mãos – lua de Isfahan” (p. 27). Os elementos em A última chuva são líquidos e noturnos, nota-se o emprego abundante do vocábulo água, além de outros correlatos como chuva, lágrima, gota, pingos, lago, menstrua, bebe, vinho, chá, abraço líquido, vendaval molhou, enxurrada, enxágua, sede, sangram, óleos, barco. A maioria dos poemas traz essa marca indelével, a considerar a partir do próprio título do livro. A poeta prefere a água à areia, pois, dentro do silêncio quebrado pelo ritmo incômodo dos pingos de “uma torneira vazando / enlouquecendo em azul / a noite”, o tempo é marcado pelo elemento líquido que “cai em ritmo de segundos, / tatua o tempo em estilhaços líquidos”.
(...)
Tuesday, March 03, 2009
Ressonâncias
http://www.cronopios.com.br/site/colunistas.asp?id=3845
Lendo o texto acima do Sebastião Nunes e pensando:
como é bom encontrar ressonância em algo.
Monday, March 02, 2009
O sorriso de Leonardo


Sunday, March 01, 2009
La nave va...
'O Corpo' - Poesia - Bárbara Lia
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